domingo, dezembro 25, 2011

Regulamento Brasileiro 2012

Campeonato Brasileiro de Voo Livre 2012 - Regulamento Geral

1 - O número mínimo de participantes para que a etapa seja validada é de 10 (dez) pilotos.

2 - Não havendo 10 inscrições antecipadas até 5 dias antes do início da competição, a etapa será
cancelada.

3 - Em caso de realização da etapa programada, a inscrição antecipada não será devolvida e nem transferida para próximas competições, em caso do piloto estar ausente. A etapa é considerada realizada caso não seja cancelada.

4 - Não haverá classificação por equipe, porém ao final do Circuito 2012 será divulgado o “RANKING dos ESTADOS”, onde contarão os 5 melhores voos de cada Estado para cada prova realizada nas etapas principais, valendo para o resultado final o somatório de pontos de cada Estado, sem descartes.

5 - Ocorrendo a realização de uma única prova válida, a competição e a etapa serão validadas. A competição não poderá ser prorrogada.

6 - É obrigatória a apresentação de habilitação de piloto, na modalidade asa-delta, no mínimo nível 3, para a formalização da inscrição do piloto na competição.

7 - Pilotos que, sem justificativa, não comparecerem à cerimônia de premiação, perderão o direito à premiação oferecida, que será repassada integralmente para o caixa da festa de encerramento das atividades desportivas da ABVL 2012.

8 - É obrigatório o uso, por parte de todos os pilotos e em todas as provas, de capacete, para-quedas de emergência e um sistema duplo de engate.

9 - Lastros ejetáveis, só se forem dispersáveis, água ou areia fina. Cintos e pesos que não possam ser acessados durante o vôo são considerados como carga, e são permitidos.

10 - É aconselhável o uso de rádios transmissores para o apoio de resgate ou em caso de acidentes. A organização solicitará aos pilotos reservarem uma freqüência para ser utilizada nas emergências.

11 - Nas provas deverá ser o sistema de largada (start) previsto nos regulamentos da FAI, sendo o mais usado o sistema de decolagem de “JANELA ABERTA COM PORTÃO DE PARTIDA”. Este portão será um círculo virtual, com raio e centro em local a ser divulgado nos briefings das provas, podendo haver até 5 intervalos entre a abertura e o fechamento do portão.

12 - O tempo de start do piloto será considerado como o último momento em que ele entrar ou sair do círculo, conforme a determinação do briefing da prova do dia, antes de completar qualquer outro objetivo da prova. A largada antecipada (última saída/entrada do start antes do horário previsto para a primeira largada) penaliza o piloto em 4 vezes o tempo da saída antecipada, limitado ao máximo de dois minutos de antecedência. A largada com mais de 2 minutos de antecedência ou a não comprovação do horário de largada pontua apenas com a distância mínima.

13 - A Comissão técnica e a Comissão de segurança, formada por 3 pilotos cada e eleita pelos competidores, reunir-se-ão diariamente para a escolha da prova do dia. A Comissão técnica decide a prova do dia com o aval da Comissão de segurança.

14 - A Comissão Técnica não poderá escolher provas com distâncias inferiores a 35 km. Caso isto ocorra, a prova será invalidada.

15 - A pontuação e o fator de validade da prova obedecerão ao critério do sistema GAP, conforme normas publicadas pela FAI, sendo que o parâmetro “nominal distance” da fórmula GAP será alterado para cada prova e valerá 50% da distância da prova, limitado ao mínimo de 35 km. Os outros parâmetros não se alteram: “Tempo do vencedor” mantém-se em 1,5 hora, “percentual de pilotos no goal” mantem-se 30% e “distância mínima” em 8 Km.

16 - Ficam determinados os valores limites de segurança na velocidade do vento para a realização de uma prova: Em vento constante o limite é de 40 km/h e 52 km/h nas rajadas, podendo a Comissão de Segurança decidir o cancelamento de uma prova a qualquer tempo.

17 - Após receber a escolha da prova, e até 15 minutos antes da abertura da janela, o Juiz Geral deverá fazer um briefing para divulgar esta escolha e preparar um quadro de avisos na rampa com os detalhes da prova do dia. É obrigação do piloto inteirar-se da prova do dia.

18 - Os pilotos deverão respeitar o corredor de decolagem. O Juiz Geral e os Juízes de Rampa darão instruções para a correta distribuição das asas nos locais de montagem.

19 - O Juiz Geral tem autoridade para desclassificar e/ou penalizar em pontos o piloto que insistir em permanecer no corredor de decolagem.

20 - Todo piloto que falhar na sua tentativa de decolar poderá decolar novamente.

21 - Cada piloto só poderá efetuar um vôo por prova. Pousar na decolagem ou solicitar pouso ao juiz geral em caso de necessidade é permitido, podendo o piloto decolar novamente.

22 - Tendo decolado um só piloto, não poderão ser feitas modificações na prova.

23 - É obrigatório o uso de GPS para comprovação do voo. O piloto pode utilizar também um GPS backup.

24 - Na marcação do voo, os pilotos deverão entregar seus GPS para análise, que será prontamente devolvido, com a confirmação ou rejeição do voo. Em caso de rejeição, o piloto poderá apresentar o GPS de backup para confirmação.

25 - É obrigação do piloto verificar que seu GPS está operacional, inclusive com relação à carga de pilhas. Em hipótese alguma o Mark+Enter poderá validar um ponto de contorno.

26 - Para comprovar um pilão, o registro do GPS deverá indicar que o piloto passou dentro de um círculo com raio de 400 metros, com centro na coordenada fornecida pela organização. É obrigatório que o registro do GPS do piloto mostre pelo menos um ponto dentro do círculo, ou que a reta traçada por dois pontos, separados no máximo por 30 segundos, passe dentro do círculo.

27 - O track log deve mostrar para cada pilão, starting gate e gol virtual, pelo menos um ponto dentro do cilindro de raio definido e com centro na coordenada fornecida pela organização; ou a reta traçada entre dois pontos contínuos , separados no máximo por 30 segundos, deverá cruzar o círculo. Para comprovação do vôo é permitido a utilização simultânea do GPS principal e backup.

28 - Poderá ser utilizado, no goal virtual, o sistema de fechamento de tempo (end speed section) em um raio maior e confirmação do goal em um raio menor. Pilotos que não confirmarem o cruzamento do raio menor pontuam apenas com a distância da prova, sem os pontos de velocidade.

29 - A organização poderá indicar marcos de referência próximos às coordenadas, no entanto, o ponto de contorno considerado será sempre a coordenada fornecida.

30 - No caso do não cumprimento de um objetivo, a distância voada será considerada como o ponto mais próximo que o piloto tiver chegado do pilão.

31 - O fechamento do tempo de voo poderá ser gol virtual, um circulo ou semi-círculo com raio e coordenada fornecida; ou com uma linha de até 400 metros com meio, à direita ou à esquerda da coordenada fornecida ou feito pelo juiz de pouso e uma faixa, com 100 metros para cada lado desta coordenada, posicionada perpendicular à trajetória da última perna da prova. A faixa deverá ser cruzada, no mínimo, com o bico da asa no sentido de chegada do vôo. Não havendo juiz de pouso e sem faixa no local da coordenada fornecida, automaticamente o fechamento do tempo será feito no sistema de gol virtual com círculo de raio de 200 metros.

32 - Para uma prova ser válida é necessário que a janela fique aberta no mínimo por 30 minutos e que no mínimo 30% dos participantes tenham decolado.

33 - Uma das responsabilidades dos pilotos é voar de forma segura, respeitando as normas de segurança e de tráfego aéreo. Pilotos que não respeitem as normas de tráfego aéreo ou envolvidos em colisões em voo, serão penalizados. Em função da gravidade da falta, a penalidade poderá ser em pontos perdidos, em desclassificação da prova ou em desclassificação da competição.

34 - Uma asa chegando a uma térmica deve entrar no mesmo sentido de rotação estabelecido pelo primeiro piloto que ali chegou, independentemente da posição ou diferença de altura entre eles.

35 - Por razões de segurança, os pilotos deverão seguir uma rotação obrigatória nas térmicas ao redor da decolagem (dias pares = direita; dias ímpares = esquerda).

36 - Acrobacias e rasantes durante as provas são proibidos.

37 - Pilotos que se apresentem para decolar sem suas condições físicas normais serão proibidos de decolar para a prova.

38 - O Juiz Geral só tem o poder de cancelar ou interromper uma prova, depois de alguns ou todos os pilotos terem decolado, por falta de condições de segurança de voo. Nesses casos o Juiz Geral deverá consultar a Comissão de Segurança da Etapa antes de decidir pelo cancelamento da prova. A decisão deverá ser anunciada na freqüência de emergência.

39 - A prova é considerada interrompida e a pontuação será calculada se, no mínimo, já estiver decorrido uma hora da abertura do start ou se um piloto houver completado o percurso da prova.

40 - O Juiz Geral e seu staff não têm a responsabilidade de informar pessoalmente a todos os pilotos sobre o cancelamento da prova. Esta informação será dada na freqüência de emergência.

41 - Nenhuma pontuação será calculada ou divulgada se a prova for cancelada. Se a prova for interrompida, a posição de cada piloto será calculada no instante da interrupção da prova.

42 - Caso o programa GAP permita, a distância voada pelo piloto será considerada também em função da sua altitude no momento da interrupção da prova, calculando-se uma distância a ser adicionada à sua distância percorrida, calculada pela diferença de altitude do piloto em relação à altitude do goal da prova, multiplicada por 5. Caso não seja possível acrescentar esta distância no programa GAP, a distância voada será a do instante da interrupção da prova.

43 - O local do QG da competição e o horário da marcação dos voos serão divulgados no briefing diário. Os pilotos deverão obrigatoriamente trazer seus GPSs para a marcação do vôo.

44 - O piloto que não marcar o seu vôo e não apresentar uma justificativa, terá a pontuação de distância mínima.

45 - As asas poderão ser substituídas durante a competição, desde que comunicado ao Juiz Geral.

46 - Protestos serão aceitos no prazo máximo de 24 horas após a divulgação do resultado, desde que efetuados por escrito, e acompanhados de uma taxa de protesto no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Esta taxa será devolvida em caso de deferimento. O prazo para protestos na última prova é de 30 minutos após a divulgação dos resultados.

47 - Os protestos deverão ser encaminhados ao Juiz Geral, que deverá complementá-lo com sua opinião e serão julgados por Comissão composta por 3 competidores, eleitos em votação pelos participantes da etapa, específica para o caso.

48 - Não cabem quaisquer reclamações ou protestos por desconhecimento da prova ou falta de comprovação do vôo através do GPS.

49 - O Juiz Geral tem o poder de desclassificar pilotos e/ou aplicar penalizações em pontos se eles não seguirem as normas aqui estabelecidas ou mostrarem atitudes anti-esportivas contra outros pilotos, equipe técnica, assistentes, autoridades ou o público em geral.

50 - O Juiz Geral também pode aplicar penalizações ou desclassificar pilotos por manobras perigosas em voo, não condizentes com o evento ou por demonstrada inabilidade técnica.

51 - Os organizadores do evento, bem como as pessoas sob seus comandos, eximem-se de quaisquer responsabilidades por imperícias e/ou acidentes que porventura venham a ocorrer com os pilotos ou provocados por eles a terceiros. Os pilotos assumem seus próprios riscos.

52 - Os pilotos autorizam a filmagem e fotografia de todos os seus voos, treinos e solenidades e o uso dessas imagens para, e somente para, propaganda, promoção e publicidade do evento. Os pilotos autorizam também a divulgação dos track logs de todos os seus voos.

53 - Qualquer regulamento adicional será notificado no primeiro briefing e fará parte integrante deste.

54 - Os casos omissos ou conflitantes serão resolvidos pela Diretoria Técnica da ABVL, seguindo-se os regulamentos da FAI/CIVL, Sporting Code, section 7.

Regulamento – ASCENDENTE
1 - No Campeonato Brasileiro de Asa-Delta existem duas categorias de pilotos: ELITE e
ASCENDENTE.

2 - Serão considerados pilotos da categoria ELITE: os primeiros 16 pilotos do Ranking Brasileiro do ano anterior; que já tenham integrado oficialmente a Equipe Brasileira em Campeonatos Mundiais (FAI); que tenha sido Campeão ou vice-campeão Brasileiro; que tenha conquistado o título de Campeão ou Vice-Campeão Brasileiro da Categoria Ascendente; pilotos nível 5; ou que tenha se classificado entre os 6 primeiros de qualquer das etapas do Circuito Nacional a partir de 2003.

3 - ASCENDENTES são todos aqueles pilotos que participam do Circuito Brasileiro e que NÃO estejam incluídos no item acima.

4 - Somente serão aceitos nas competições pilotos credenciados, no mínimo em nível III.

5 - Todos os pilotos inscritos na Competição disputarão os prêmios e colocações do evento.

6 - Somente os pilotos da categoria ASCENDENTE disputarão os prêmios e colocações desta categoria.

7 - Em caso de premiação em dinheiro, fica estipulado que 20% do total de prêmios a serem distribuídos caberá à categoria ASCENDENTE e será distribuído de acordo com as melhores colocações dentro desta categoria.

8 - Todo piloto que iniciar o ano na categoria ASCENDENTE poderá disputar nesta categoria até o fim da temporada, mesmo que após uma ou duas etapas esteja entre os 16 melhores do Ranking Brasileiro ou entre os 6 primeiros de uma das etapas do ano.

RANKING BRASILEIRO DE VOO LIVRE 2012

O Ranking Brasileiro de Voo Livre 2012 será formado por 3 (três) etapas principais e 2 (duas) regionais, somando-se o total de provas realizadas nas etapas principais e as duas melhores provas do piloto nas etapas regionais. Deste total de provas haverá um descarte dos piores resultados conforme a tabela a seguir: 10 ou 11 provas = 1 descarte; 12 ou 13 provas = 2 descartes; 14 ou 15 provas = 3 descartes; 16 ou 17 provas = 4 descartes; 18 ou 19 provas = 5 descartes; 20 ou 21 provas = 6 descartes e 22 ou 23 provas = 7 descartes.

As etapas regionais valerão no máximo 900 pontos.

A etapa regional para ser válida para o ranking brasileiro deverá ter, no mínimo, 6 pilotos ELITE participantes.

A etapa deverá ser confirmada com, no mínimo, 45 dias de antecedência.

Haverá a categoria ASCENDENTE para os pilotos que não se enquadram na categoria ELITE, conforme
o regulamento.

DA EQUIPE BRASILEIRA:
O Campeonato Mundial será realizado na Austrália, em janeiro de 2013, e ficou ratificado e decidido que a equipe brasileira será definida pelo ranking brasileiro do ano anterior ao Mundial, no caso, o ranking brasileiro de 2012.

Como haverá pouco tempo entre a definição do ranking 2012 e o término para a confirmação do piloto no
Mundial 2013, os selecionados deverão confirmar a sua participação e qualificação no ranking FAI no prazo de 30 dias após o término da última etapa do Circuito Brasileiro, ou seja, até o dia 12 de novembro.

Caso o piloto confirme e não se apresente para a competição, sem motivo de força maior, ficará impedido
de ser convocado e representar a equipe brasileira em competições pelo período de dois anos.

HAROLDO CASTRO NEVES
Coordenação técnica ABVL

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